Chaves é o personagem que fez
parte da vida de milhões de crianças, num programa que não tem idade, sem um
traço de grosseria e que é novo até hoje; retratando a América Latina pobre, a
criança desprotegida, sem família, e que vive todas as desigualdades sociais
desse continente; ou seja, o Chaves representa todo menino pobre da sociedade
latina.
Eu tinha mais ou menos uns dez
anos quando comecei a assistir o seriado, gostei desde a primeira vez, até hoje
dou risadas com os episódios. Durante vinte e cinco anos Chaves me fez sorrir;
hoje ele me fez chorar. Mas de certa forma sinto-me privilegiado, pois tive a sorte
de crescer assistindo sua genialidade. Chaves morreu, mas jamais perdeu a vida.
Ele conseguiu uma façanha inédita: ser menino para sempre.
A América Latina está de luto. Infelizmente
a eterna criança se foi. Um abalo para aqueles que como eu cresceram assistindo
as trapalhadas do garoto do barril. Chaves foi uma espécie de amigo de
infância, para mim é como se alguém muito especial estivesse indo embora.
“Vaya con Dios Chavez”. Você foi nosso
Shakespeare latino e deixará muita saudade.
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