sábado, 29 de novembro de 2014

“PREFIRO MORRER DO QUE PERDER A VIDA”


Chaves é o personagem que fez parte da vida de milhões de crianças, num programa que não tem idade, sem um traço de grosseria e que é novo até hoje; retratando a América Latina pobre, a criança desprotegida, sem família, e que vive todas as desigualdades sociais desse continente; ou seja, o Chaves representa todo menino pobre da sociedade latina.


Eu tinha mais ou menos uns dez anos quando comecei a assistir o seriado, gostei desde a primeira vez, até hoje dou risadas com os episódios. Durante vinte e cinco anos Chaves me fez sorrir; hoje ele me fez chorar. Mas de certa forma sinto-me privilegiado, pois tive a sorte de crescer assistindo sua genialidade. Chaves morreu, mas jamais perdeu a vida. Ele conseguiu uma façanha inédita: ser menino para sempre.

A América Latina está de luto. Infelizmente a eterna criança se foi. Um abalo para aqueles que como eu cresceram assistindo as trapalhadas do garoto do barril. Chaves foi uma espécie de amigo de infância, para mim é como se alguém muito especial estivesse indo embora.

 “Vaya con Dios Chavez”. Você foi nosso Shakespeare latino e deixará muita saudade.

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