Por Agmael Lima
Todos os dias podemos constatar nos veículos de
comunicações, situações onde líderes de diversas denominações religiosas
proferem seus idealismos fajutos prometendo milagres aos seus fiéis. A cada dia
somos surpreendidos com novos fatos que nos levam a mais profunda perplexidade,
onde as bênçãos Divinas não são frutos das maravilhas de Deus, mais sim,
consequências diretas de uma relação baseada na troca ou na comercialização das
bênçãos do Criador.
Diversas práticas litúrgicas desempenhadas por
algumas seitas brasileiras me fazem por um momento pensar que regressamos aos
tenebrosos dias da idade média, quando a Igreja praticava absurdos chegando a
vender objetos tidos como “sagrados” afim de adquirir bens e enriquecer a
religião daquela época. O que mais me impressiona nisso tudo é que um número
incontável de cristãos da atualidade considera essa prática
"espiritual" como bíblica, cristã e normal.
Infelizmente em diversas igrejas hoje é possível
encontrar falsos mestres, sabotadores doutrinários, terroristas espirituais em
números bem maiores do que em qualquer outra ocasião da História. A ignorância
bíblica dentro da igreja parece ser mais profunda e mais espalhada que em
qualquer outra época desde a Reforma Protestante ocorrida na Idade Média.
Vivemos dias extremamente complicados, onde os
ensinos bíblicos muitas vezes tem se tornado superficiais, o que acaba
contribuindo para o surgimento de uma igreja "idiotizada”, onde as bênçãos
são compradas e não adquiridas através da fé.
Acredito que se Martinho Lutero (reformador alemão)
ainda estivesse vivo, com certeza estaria na linha de frente lutando contra esses
ensinamentos antiéticos feitos por esses líderes de seitas adeptos da teologia
da prosperidade. Lutero sempre mostrou que ser protestante não é somente se
identificar com o protesto feito pelos reformadores contra a corrupção
eclesiástica e o falso ensinamento da Igreja do século XVI, mas sim resgatar os
valores indispensáveis à fé bíblica através da Palavra e proclamar
incondicionalmente a mensagem da graça de Deus em Cristo Jesus protestando
contra os falsos ensinos propagados pelos falsos profetas.
Para finalizar meu protesto quero deixar no ar duas
perguntas para que ao ler tu possas rever seus conceitos diante das situações
ocorrentes no meio da prática religiosa de algumas religiões da nossa
atualidade: Qual a diferença da oferta extorquida do povo sofrido nos dias atuais
pra venda das indulgências da idade média? Qual a diferença dos utensílios
vendidos no século XVI, para os que comercializados em nossos templos nos dias
de hoje?
Diante de tantas aberrações e sandices ensinadas
pelos pastores da prosperidade o que nos resta é clamar a Deus misericórdia.
É só para refletir. Pensem nisso.
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