segunda-feira, 13 de maio de 2013

AS INDULGÊNCIAS MODERNAS




Por Agmael Lima

Todos os dias podemos constatar nos veículos de comunicações, situações onde líderes de diversas denominações religiosas proferem seus idealismos fajutos prometendo milagres aos seus fiéis. A cada dia somos surpreendidos com novos fatos que nos levam a mais profunda perplexidade, onde as bênçãos Divinas não são frutos das maravilhas de Deus, mais sim, consequências diretas de uma relação baseada na troca ou na comercialização das bênçãos do Criador.

Diversas práticas litúrgicas desempenhadas por algumas seitas brasileiras me fazem por um momento pensar que regressamos aos tenebrosos dias da idade média, quando a Igreja praticava absurdos chegando a vender objetos tidos como “sagrados” afim de adquirir bens e enriquecer a religião daquela época. O que mais me impressiona nisso tudo é que um número incontável de cristãos da atualidade considera essa prática "espiritual" como bíblica, cristã e normal.

Infelizmente em diversas igrejas hoje é possível encontrar falsos mestres, sabotadores doutrinários, terroristas espirituais em números bem maiores do que em qualquer outra ocasião da História. A ignorância bíblica dentro da igreja parece ser mais profunda e mais espalhada que em qualquer outra época desde a Reforma Protestante ocorrida na Idade Média.

Vivemos dias extremamente complicados, onde os ensinos bíblicos muitas vezes tem se tornado superficiais, o que acaba contribuindo para o surgimento de uma igreja "idiotizada”, onde as bênçãos são compradas e não adquiridas através da fé.

Acredito que se Martinho Lutero (reformador alemão) ainda estivesse vivo, com certeza estaria na linha de frente lutando contra esses ensinamentos antiéticos feitos por esses líderes de seitas adeptos da teologia da prosperidade. Lutero sempre mostrou que ser protestante não é somente se identificar com o protesto feito pelos reformadores contra a corrupção eclesiástica e o falso ensinamento da Igreja do século XVI, mas sim resgatar os valores indispensáveis à fé bíblica através da Palavra e proclamar incondicionalmente a mensagem da graça de Deus em Cristo Jesus protestando contra os falsos ensinos propagados pelos falsos profetas.

Para finalizar meu protesto quero deixar no ar duas perguntas para que ao ler tu possas rever seus conceitos diante das situações ocorrentes no meio da prática religiosa de algumas religiões da nossa atualidade: Qual a diferença da oferta extorquida do povo sofrido nos dias atuais pra venda das indulgências da idade média? Qual a diferença dos utensílios vendidos no século XVI, para os que comercializados em nossos templos nos dias de hoje? 

Diante de tantas aberrações e sandices ensinadas pelos pastores da prosperidade o que nos resta é clamar a Deus misericórdia.

É só para refletir. Pensem nisso.

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